sexta-feira, 11 de maio de 2007

Momentos de Reflexão: Síndrome de Down e a Informática educativa


Para Bossuet (1985), o computador é uma máquina que fascina, apaixona e também amedronta. Ele acrescenta: "O futuro é dos computadores, diz um sábio. Breve invertar-se-ão máquinas suficientes inteligentes para fazer todo o trabalho dos homens. E, um dia, diz outro sábio, elas tornar-se-ão tão inteligentes que farão executar todo o seu trabalho pelos homens".
Essa citação mostra uma tecnologia poderosa, onde é preciso ter o domínio sobre ela, sem perder o bom senso.
O uso do computador enfatiza a construção do conhecimento, pois o computador é uma nova maneira de representar o conhecimento, provocando um redimensionamento dos conceitos já conhecidos e possibilitando a busca e compreensão de novas idéias e valores. Usar o computador com essa finalidade requer a análise cuidadosa do que significa ensinar e aprender.
São objetivos da Informática Educativa:
Capacitar o aluno para o mercado de trabalho;
Utilizar a Informática para reforçar aspectos psicopedagógicos;
Usar a sala de Informática como local de desenvolvimento de projetos de interdisciplinaridade;
Utilizar a informática como recurso didático no processo ensino-aprendizagem;
Inserir o aluno no contexto da sociedade pós-moderna;
Utilizar o computador como ferramenta nas tarefas do dia-a-dia.
Por esse motivo, o uso da informática com o intuito de integração destes deficientes ao mundo digital é a alternativa mais adequada, pois o uso do computador facilita a compreensão da criança sobre um determinado assunto, seja o seu próprio corpo ou meio em que vive.
Segundo Papert (1988), a presença do computador contribui para processos mentais, influenciando o pensamento das pessoas. As crianças podem ser construtoras de suas próprias estruturas intelectuais.
Os trabalhos de informática realizados por crianças portadoras da Síndrome de Down mostram enriquecimento de suas possibilidades, podendo oportunizar interações diversas, no campo afetivo, humano, social, individual, que ajudarão no seu crescimento integral.
Apesar de suas limitações, a criança deficiente troca idéia com seus companheiros, com o professor e com o meio que vive, respeita os seus próprios limites, trabalhando no tempo, ampliando assim o seu campo cognitivo. Seu potencial é muito grande, e cada vez mais os portadores de Síndrome de Down estão ganhando o seu espaço na sociedade, freqüentando escolas regulares e participando ativamente da vida social do seu grupo.
Por fim, a informática, a serviço de um projeto educacional, propicia condições aos alunos de trabalharem a partir de temas, projetos ou atividades extracurriculares. O computador é apenas e tão somente um meio onde se desenvolve inteligência, flexibilidade, criatividade e inteligências mais criativas.
Fonte: http://comp.uniformg.edu.br/plone/artigos2006/francisco/Ercomp_Artigo03
PAPERT, Seymour. Logo: Computadores e Educação. 3ª edição. Editora Brasiliense. Tradução José Armando Valente e outros, 1988.
BOSSUET, Gerard. O computador na escola: Sistema Logo. Tradução de Leda Maria Fischer, Porto Alegre, 1985. Artes Médicas.

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Normal é ser diferente.

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